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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pragas de Jardim

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS
As formigas cortadeiras causam sérios danos às plantas, que vão desde o simples desfolhamento à interrupção do crescimento normal (ao serem cortadas as gemas apicais) como a morte.Danos: 1 formigueiro pode recolher até 1.000kg de folha e talos por ano; 1 formigueiro de 1 m² pode matar cerca de 30 árvores/ano.
Predadores de formigas: Aves em geral atacam rainhas novas no ar ou na terra quando estão cavando ninho. 1 tamanduá mantém livre de formigas, uma área de 5 a 10 hectare
Prevenção: Proteção física de árvores e mudas: cones invertidos de lata, plástico, folha metálica. É preciso impedir que as formigas cheguem às folhas.
Plantas repelentes ou tóxicas: hortelã, batata-doce, salsa, cenoura, mamona e gergelim são repelentes naturais: plantam-se em volta de áreas de cultivo.
Alguns repelentes naturais: casca de ovo moída, carvão vegetal moído e farinha de osso. Colocar numa faixa contínua em volta do local a ser protegido para afastar as cortadeiras.
Plantas atraentes: girassol, mamona, mandioca, cana-de-açúcar e o gergelim preto. Devemos manter estas plantas na área. Elas são mais atrativas do que as culturas.
Controle:
Compactação do solo: consiste em provocar o desabamento das panelas e danificar as formigas e seu ninho, mantendo-as sempre ocupadas fazendo seu ninho.
Químicos caseiros: várias substâncias químicas caseiras ou de fácil obtenção perturbam um formigueiro, como o sal, cinza, vinagre, cal e calcário. O sal e o vinagre não podem ser usados em terra de plantio, mas sim em calçadas, muros, estradas, pois inibirá o crescimento das plantas.
Aumento da biodiversidade: ou seja, do conjunto de espécies animais e vegetais em uma área (flores, fruto, culturas intercaladas ou em faixas, reflorestamento, marimbondos, aranhas, formigas não cortadeiras, pássaros, tatus, tamanduás, angolistas). Uma situação onde o ambiente é variado, nenhuma espécie se torna praga pois uma controla a outra mantendo um nível de infestação baixos.
Manejo do solo: as formigas para se instalar preferem áreas limpas, sem vegetação rasteira, o que facilita a construção e aquecimento das panelas. Ou seja, o solo sem cobertura e pouca matéria orgânica é o ideal para elas. Devemos sempre trabalhar com um solo cheio de vida e rico em matéria orgânica. A resistência das plantas às pragas (inclusive a formigas), melhora com o manejo orgânico do solo, devido ao equilíbrio que permite existir entre os seres que habitam o solo, a presença de nutrientes variados. O sistema de plantio direto ou mesmo de cultivo mínimo, com cobertura de solo, estão comprovadamente, diminuindo a quantidade de formigueiros.
Consorciação de plantas: as culturas mais atacadas devem ser plantadas consorciadas com culturas repelentes ou que afastam as cortadeiras.
Planejamento do plantio: planejar a rotação de culturas, espécies mais resistentes ao ataque, plantar culturas em suas épocas recomendadas e na densidade certa, sempre incluindo espécies de adubação verde e respeitar a sucessão de gramíneas e leguminosas.
Métodos físicos de controle das colônias: ação direta sobre o formigueiro.• Fogo: controla bem formigueiros pequenos.• Água quente: funciona para formigueiros pequenos.• Água corrente: é muito usada para controlar formigueiros grandes.Há necessidade de fazer um canal desviando água para o formigueiro quando possuímos água corrente próxima ou usar uma mangueira, deixando entrar água até encharcar. O formigueiro morrerá afogado ou doente.• Fumaça de escapamento (gás carbônico): dirigir o escapamento de motores a óleo para as bocas principais (olheiros de entrada), através de mangueiras por alguns minutos. Isto pode provocar morte por asfixia ou intoxicação. Deve-se procurar tapar os olheiros por onde começa a sair fumaça e parar de colocá-la quando ela retornar pelo buraco por onde a colocamos. A fumaça é tóxica ao homem.• Caça à rainha: se consegue controle de 100% quando se mata formigueiros com 4 meses após a revoada.
Métodos químicos de controle das colônias: usar água com sal e vinagre, podem controlar formigueiros médios.As seguintes receitas são mais eficientes:• Pegar 2 kg de cal virgem, desmanchar em 10 litros de água quente e aplicar diretamente sobre os olheiros principais das formigas.• Misturar 500 g de Bórax (ácido bórico) a 500 g de açúcar, misturar bem e jogar sobre os carreiros e olheiros.
Formicida Natural - Ingredientes: 50 litros de água10 kg de esterco fresco1 kg de melado ou açúcar mascavoMisturar bem todos os produtos, depois deixar fermentar durante uma semana. Coar com um pano e aplicar dentro do formigueiro na proporção 1:10, ou seja, 1 litro de produto para cada 10 litros de água, até inundar o formigueiro.
Plantas tóxicas: algumas plantas têm substâncias tóxicas para as formigas ou seu fungo:• Mandioca brava: a água de mandioca e a raspa podem ser aplicados diretamente nos formigueiros, controlando-os em poucos dias.Tampar e socar as colônias após a aplicação.• Gergelim preto: é muito procuradas pelas cortadeiras, principalmente suas sementes que as formigas carregam. Funciona porque é tóxico para o fungo, mas não de modo imediato, assim como a maioria dos controles alternativos. O mais usado é o gergelim preto que é plantado em moitas ao redor das áreas ou dentro de áreas atacadas ou que devem ser protegidas. Este método deve ser usado como complemento dos outros. Semeadura deve ser feita no verão.• Angico: usar 1 kg de folhas e colocar de molho em 10 litros de água por 8 dias. Aplicar 1 litro desta solução para cada m² de área do formigueiro.•
Outras plantas: capim fedegoso, pessegueiro bravo, mamona, timbó, batata-doce, podem ser utilizadas com inseticida amassando-se as mesmas e fazendo um suco que, misturado à água é aplicado.

Arborização


Espécies para terrenos alagados

Açoita-cavalo-miúdo – (Luehea divaricata)
Angico – (Anadenanthera colubrina)
Crista-de-galo – (Erythrina crista-galli)
Embaúbas (Cecropia hololeuca e Cecropia pachystachya)
Guanandi – (Calophyllum brasiliensis)
Ingá – (Inga spp)
Ipê-amarelo-do-brejo – (Tabebuia umbellata)
Jenipapo – (Genipa americana)
Jerivá – (Syagrus romanzoffiana)
Palmito – (Euterpe edulis)
Pau viola – (Cytharexillum myrianthum)
Peito-de-pombo – (Tapuira guaianensis)
Peroba poça – (Aspidosperma cylindrocarpon)
Pindaíba – (Xylopia emarginata)
Pinha-do-brejo – (Talauma ovata)
Salgueiro – (Salix humboldtiana)
Sangra d’água – (Croton urucurana)
Suína – (Erythrina falcata)
Tapiá – (Alchornea glandulosa)

Espécies tolerantes a inundação temporária

Aroeira-vermelha – (Schinus terebenthifolius)
Cabriúva – (Myroxylon perniferum)
Canela-batalha – (Cryptocarya aschersoniana)
Capixingui – (Croton floribundus)
Capororoca – (Rapanea ferruginea)
Copaíba – (Copaifera langsdorfii)
Figueira – (Ficus spp)
Goiabeira (Psidium guajava)
Guaiuvira (Patagomela americana)
Jabuticaba – (Myrciaria trunciflora)